segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Como iniciar uma proposta de atividade na perspectiva interdisciplinar?


Um trabalho na perspectiva interdisciplinar é pautado no diálogo entre os seres humanos e as disciplinas. Assim, entendemos que não existe um passo a passo inflexível, que seria incoerente, mas o registro das vivências que a equipe envolvida tenha percorrido. Por isso, enfatiza-se a importância de materializar a experiência por meio da escrita.
Em todos os lugares por onde passamos, surgem as perguntas: como iniciar um trabalho interdisciplinar? Como praticar a interdisciplinaridade? Como efetivá-la? Como isso é possível a partir do currículo? Na tentativa de iluminar esse caminho é que deixamos algumas proposições que podem nortear este diálogo. 
Primeira fase
Os primeiros movimentos interdisciplinares exigem a leitura e compreensão sobre os aspectos históricos do bairro onde se localiza a escola; a formação da comunidade; a história de vida dos gestores, discentes, docentes e funcionários, entre outros aspectos. Essas informações devem tentar responder à pergunta: “qual a função social desta instituição?”.
Segunda fase
Entendido o papel social da instituição e dos atores que a compõem, é o momento de refletir sobre suas práticas. Como são as práticas em sala de aula? Por que a realizamos dessa maneira? Eu ou a equipe deseja fazer algo diferente? Por quê? É possível sensibilizar e encontrar outros parceiros? Como fazer? Essas sugestões são importantes para desencadear a reflexão e o diálogo.
Terceira fase
A  mudança nas práticas escolares, por sua vez, refletem diretamente sobre o trabalho do professor. Por isso se faz necessário refletir como a interdisciplinaridade pode se colocar já no momento da formação desse profissional. Nas escolas públicas estaduais de São Paulo podemos utilizar o espaço e tempo do Hora de Trabalho Pedagógico (HTCP) e, nas demais instituições, o espaço reservado para as formações.
A perspectiva interdisciplinar exige que o docente esteja bem preparado em relação a disciplina que ministra e, além do mais, tenha o desejo de inovar, ser criativo, aberto ao novo e tenha a humildade de ensinar ao colega e também aprender com ele, interagindo em ciclos que não se fecham, mas que circundam.
Espera-se que a formação docente possibilite ao professor conhecer a história da interdisciplinaridade nos contextos brasileiro e mundial; seus conceitos, princípios e práticas, entre outros, para posteriormente efetivá-los com conhecimento, com sustentação teórica e metodológica.
As reuniões docentes necessitam também dialogar em torno do currículo prescrito, para superar o isolamento dos seres e dos conteúdos programáticos e caminhar em torno das convergências entre as áreas do conhecimento, os eixos temáticos, até encontrar as similaridades capazes de orientar o projeto político-pedagógico.
Espera-se que isso resulte no diálogo entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade, subsidiando as redes de aprendizagem e a organização da Matriz Curricular em uma perspectiva de gestão democrática e participativa.
A Base Nacional Comum (BNCC) e a parte diversificada não podem ser vistas como incomunicáveis, com disciplinas específicas para cada uma das partes, mas sim  organicamente planejadas de modo a dialogar entre si.
Quarta fase
No momento de realizar as atividades planejadas, é necessário ter em mente a corresponsabilidade e fazer bem a sua parte, entendendo que ela está interligada e conectada ao todo planejado. Na perspectiva interdisciplinar, as práticas se revelam como currículo vivo, permeado de alegria pela aprendizagem, e pelo gosto e desejo de aprender cada vez mais. São subsidiadas pela consciência de que o processo de ensino aprendizagem entre docentes e discentes é efetivado por meio de práticas alegres e significativas para todos os partícipes.  
Quinta fase
Por fim, espera-se a partilha da corresponsabilidade e a avaliação do todo interdisciplinar. Nesta fase do diálogo, é possível refletir sobre todas as anteriores, registrando os avanços e os desafios no caminhar pedagógico na perspectiva interdisciplinar.
Aqui, é como se olhássemos o filme desta história, revendo as práticas da equipe, avaliando como eram e como se constituíram. Além do mais, é possível dar significado e ressignificado, partilhar da alegria e do agradecimento pelas vivências. Enfim, um trabalho na perspectiva interdisciplinar exige colocar em prática os quatro pilares da Educação: Aprender a Conhecer, Aprender a fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser, sendo o último essencialmente importante e capaz de ancorar a mais alta das aprendizagens, o ser interdisciplinar.
Por Rosangela Valerio, integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade (Gepi) da PUC-SP
Disponível em : http://educacaointegral.org.br/metodologias/como-iniciar-uma-proposta-na-perspectiva-interdisciplinar/?utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=AdwordsGrants&gclid=CPji-9HigNACFU0HkQodJJYIHg Acesso em 29/10/16

sábado, 29 de outubro de 2016

Como tornar a aula mais dinâmica: Interdisciplinaridade


Referências:

Novo Professor
https://www.youtube.com/channel/UCjeabqMRedljoStIFleNSnA?annotation_id=annotation_2323050621&feature=iv&src_vid=i0RFR3qWpF8

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Um projeto bem interessante!!!

PROJETO (PLANO DE AULA)
TEMA: AQUARELA


TRABALHANDO A MÚSICA AQUARELA DE TOQUINHO

Justificativa: As crianças devem, desde a pré-escola, estar em contanto com uma vivência musical. A musicalidade engloba vários aspectos do desenvolvimento humano, por exemplo, desenvolvimento da manifestação artística e expressiva da criança, desenvolvimento da aptidão criadora e reconhecimento dos valores afetivos.


Objetivos: Desenvolver e estimular a criatividade, a imaginação, o gosto pela linguagem musical e ainda é possível trabalhar o texto da música para interpretação, fixação de conceitos da língua portuguesa, dentre milhares de possibilidades!
Trabalhar em cima desse tema a interdisciplinaridade, ou seja, interligar as disciplinas e fazer com que elas se completam e conversem entre si. Nesta atividade trabalharemos a Musicalidade, Português, Matemática, Ciências, Artes, Geografia e História, também iremos desenvolver a sensibilização, trabalhando com o ritmo, estímulos musicais e visuais. Desenvolvimento da expressividade.



Faixa etária: 6 a 7 anos


Tempo: 1 mês


DESENVOLVIMENTO: 


1. Mostrar vídeo Música Aquarela

2. Ouvir a música em sala e perguntar o que mais gostaram da música.

3. Atividade interessante! Ilustração da música "Aquarela, de Toquinho. 
Essa atividade vai durar vários dias.


- Desenvolver o gosto pela linguagem poética e pelo belo.

- Cantar a música ?Aquarela?.

4. Produzir instrumentos musicais com materiais recicláveis ou não e fazer o acompanhamento rítmico da música, enquanto cantam.

5. Representar a música ?Aquarela? através de quadrinhos feitos com a técnica de recorte e colagem utilizando diferentes materiais.

6. Explorar a história das imagens que a música apresenta e do autor da música.
7. Mostrar a importância de cuidar do nosso planeta, da água etc.
8. Discutir quantas imagens existe nesse trabalho.



Letra da música


Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo,
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu...
Vai voando contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul,
Pinto um barco a vela, branco navegando, é tanto céu e mar num beijo azul...
Entre as nuvens, vem surgindo um lindo avião rosa e grená,
Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo,
Se a gente quiser ele vai pousar...
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida,
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra eu consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha e caminhando chega no muro,
E ali logo em frente, a esperar pela gente o futuro está...
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo, nem piedade nem tem hora de chegar...
Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá,
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar...
Vamos todos numa linda passarela,
De uma aquarela que um dia enfim descolorirá...
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (Que descolorirá!)
Giro um simples compasso, num círculo eu faço o mundo (Que descolorirá!)...

Avaliação
A avaliação ocorre desde a proposta da atividade, do envolvimento e desempenho dos alunos na realização das atividades, até a apresentação final. Engloba a interação, o interesse, a criatividade e o trabalho em grupo.

Referências:
http://tecnologianaescola33.blogspot.com.br/2012/12/plano-de-aula-aquarela.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Planejar para acertar!!!

O planejamento é considerado uma peça chave para o alcance de qualquer objetivo profissional. Ele é responsável por nortear a realização de suas atividades, bem como de suas ações, sendo imprescindível na carreira de um professor.
Profissionais da área da educação que se comprometem a fazer o planejamento de aula possuem mais chances de obter êxito no processo de aprendizagem, de modo que sejam evitadas aulas monótonas, desestimulantes e desorganizadas.
Resultado de imagem para como elaborar um plano de aula
Se você for um professor iniciante, é comum que não saiba do que se trata esse recurso didático, mas vamos te explicar. O plano de aula se refere à descrição específica de tudo que o professor executará em sala de aula durante um período determinado, tendo em vista aprimorar a sua prática pedagógica e melhorar o aprendizado dos alunos.
Ao elaborá-lo, é importante que preze pela clareza e objetividade, que o atualize periodicamente, que tenha conhecimento dos recursos disponíveis da escola, que saiba sobre as principais características de seus alunos, que aposte em metodologias diversificadas e inovadores e que tenha flexibilidade para lidar com imprevistos no ambiente escolar.

Modelo de plano de aula

Agora que já está contextualizado com o tema, vamos apresentar um passo a passo de como fazer um plano de aula. Pode até parecer complicado no início, mas acredite, está longe de ser considerado um bicho de sete cabeças. Pense que ele te ajudará a melhorar a qualidade do seu trabalho e que logo fará parte de sua rotina.
Segue o roteiro de como elaborar um plano de aula:
  1. ESCOLHA O TEMA
Toda aula precisa de um tema principal, que deverá ser minuciosamente desdobrado. Escolha um nome interessante, que estimule o interesse do aluno, e faça relações com o seu conteúdo.
  1. DEFINA OS OBJETIVOS
O que você deseja ensinar aos seus alunos ao abordar determinado assunto? Pensando assim, pode ser mais fácil pontuar os objetivos específicos de cada aula.
  1. PONTUE OS CONTEÚDOS
É nesse momento que será definido o conteúdo programático ligado ao tema já estabelecido anteriormente.
  1. ESTABELEÇA A DURAÇÃO
Para que você não se perca em meio aos conteúdos a serem passados em sala de aula, estipule um período para abordar cada um deles, de modo que consiga fechar o seu raciocínio em tempo hábil.  Evite que sejam acumulados conteúdos. Caso a sua programação esteja muito extensa, procure reduzi-la ou dividi-la.
  1. ESCOLHA OS RECURSOS
Para obter êxito em suas aulas, defina quais materiais serão utilizados. Verifique com antecedência se a escola poderá disponibilizá-los ou se terá que optar por diferentes alternativas.
  1. DEFINA A METODOLOGIA
Para que o tema em questão seja bem trabalhado, é necessário que defina as etapas a serem seguidas na aula. A metodologia se refere aos caminhos a serem percorridos pelo professor, em vista de alcançar os objetivos estabelecidos.
  1. FAÇA A AVALIAÇÃO
Após a finalização da aula, é fundamental que você faça uma recapitulação de tudo que aconteceu. Anote os imprevistos, os comentários das crianças, se o seu investimento foi satisfatório ou se deve propor novas alternativas de ensino. Essa prática fará com que você evolua como profissional e melhore sua didática ao longo do tempo.
Bibliografia:
http://escolaeducacao.com.br/plano-de-aula/